Resumão de Mario Kart Ds 2005 - 2009

Mario é mesmo um sujeito polivalente: além do consagrado estilo aventura em plataforma, o bigodudo já se aventurou em jogos de tênis, luta, basquete, snowboarding, beisebol e por aí vai. Mas, certamente, nenhuma das incursões extras do mascote da Nintendo foi tão bem sucedida quanto nas corridas de kart.

Desde 1992, quando estreou no Super Nintendo, a série deixou de ser mera coadjuvante para alcançar status de nobreza, passando por diversas plataformas e gerações de consoles da Nintendo e, como não, servindo de inspiração para muitos concorrentes (ou seriam simplesmente "clones"?).

Agora, "Mario Kart" chega ao portátil de duas telas trazendo muitas novidades, mas deixar o passado de lado ou correr riscos com inovações radicais. O inovador multiplayer sem fio contrasta com a presença de pistas famosas de versões anteriores, além de modalidades e personagens pra lá de conhecidos.



Inicialmente, são oito corredores disponíveis: Mario, Luigi, Princesa Cogumelo, Yoshi, Toad, Donkey Kong, Wario e Bowser. Cada um deles tem dois karts, com características e design distintos. Conforme o jogador completa os desafios do modo single-player, outros personagens vão sendo disponibilizados.

Alguns itens inéditos juntam-se aos tradicionais para você aloprar (ou ser aloprado) os demais competidores: um deles, o "bullet Bill", transforma o kart em um míssil, enquanto o "blooper" literalmente "suja" a tela com uma gosma preta, prejudicando a visão por alguns segundos.

O modo single player oferece o popular "Grand Prix", com as copas de 50cc, 100cc e 150cc; a corrida contra o tempo em "Time Trials"; o "Vs", para escolher a pista e jogar livremente; o divertidíssimo e não menos popular "Battle"; e, finalmente, uma modalidade com fases intitulado "Missions".

O "Grand Prix" é dividido em "Nitro", com quatro copas compostas de pistas inéditas, e o "Retro", outras quatro copas que trazem circuitos conhecidos das versões de "Mario Kart" para Super Nintendo, Game Boy Advance, Nintendo 64 e GameCube. Sim, é uma grande festa nostálgica, afinal, correr novamente em "Mario Circuit 1" (Snes) ou em "Moo Moo Farm" (N64), só para citar dois exemplos, é no mínimo emocionante.

Mas, antes que os mais modernos digam que "quem vive de passado é museu", vale destacar que as pistas exclusivas de "Mario Kart DS" são tão boas quanto as antigas, como "Waluigi Pinball", ambientada em uma mesa de pinball, e "Tick Tock Clock", que tem uma espécie de relógio como cenário. Nenhuma delas é pródiga em termos de atalhos, mas ainda sim apresentam designs inovadores e desafios interessantes.

E por falar em desafio, nesse ponto é bom não levar em consideração as 50cc. Como de costume, esta modalidade serve mais como uma espécie de aperitivo para o prato principal, que são as 100cc e 150cc. Os jogadores familiarizados com a série não terão dificuldade em vencer de ponta a ponta todas as pistas nas 50cc.

No modo "Battle", além do "Balloon Battle", há a estréia do "Shine Runners" no portátil, modalidade na qual o objetivo é coletar itens aleatórios que aparecem em diferentes lugares da arena - com oito corredores buscando a mesma coisa, você já pode imaginar o divertido caos em que a disputa se transforma.

O "Balloon Battle" permanece divertidíssimo como sempre, mas fica registrado uma espécie de protesto: o jogador começa com apenas um balão, diferente dos competidores controlados pelo CPU, que têm os três desde o início. Para obter os outros dois, é preciso "soprar" no microfone do portátil, inflando-os.

Ok, são interessantes os recursos interativos do portátil etc e tal, mas não faz absolutamente sentido nenhum essa idéia de encher os balões, pois além de "constrangedor", pode atrapalhar o jogador, afinal, a disputa já está rolando, enquanto se perde tempo inflando os balões.

O cardápio principal do single-player termina (em grande estilo, aliás) com o "Missions", seis desafios com oito provas cada, além de um chefão. Trata-se de uma série de fases com objetivos fixos, tendo normalmente o tempo como principal adversário. Por exemplo: "coletar cinco moedas", "passar por três portões na ordem correta", "sair do castelo de Koopa dirigindo de ré" etc. É uma fórmula que complementa as demais modalidades de "Mario Kart DS", ajudando a torná-lo a versão mais completa da série de corrida.




A série parece ter alcançado a maturidade no Nintendo DS: para começar, acabou a "trapaça" da qual muitos se queixavam nas versões anteriores, pois não importava o quão o jogador, em 1º lugar, se distanciasse dos oponentes controlados pelo computador, pois estes sempre conseguiam alcançá-lo, de maneira "inacreditável".

Os itens continuam essenciais para a disputa e a diversão, mas nunca a habilidade do jogador foi tão importante quanto agora: as manjadas derrapagens nas curvas, controladas através do botão "R", são essenciais para evitar a perda de velocidade, tanto que os próprios personagens comandados pelo CPU se valem muito do recurso.

O "vácuo", representado por efeitos de vento, também não fica atrás em termos de importância: há uma certa distância atrás do adversário, se você consegue "pegar o vácuo" e nele se manter, além de ultrapassar o oponente é possível ainda ganhar um adicional de velocidade por alguns preciosos segundos, ganhando uma distância inicial.

Diante de tudo isso, as corridas ficaram mais, digamos, estáveis. Não há tanta alternância de posições quanto nos antecessores, por exemplo. Alguns podem pensar: "poxa, então os itens perderam a importância?". Pelo contrário: diante de um modelo de dirigibilidade tão consistente, o bom uso dos itens espalhados pela pista tornou-se imprescindível. O resultado é uma jogabilidade extremamente competitiva, até por causa do modo multiplayer, sobre o qual falaremos mais à frente.

Os recursos únicos do DS não são explorados somente no famigerado inflar de balões através do microfone: enquanto a tela superior exibe as corridas propriamente ditas, a outra apresenta um mapa para lá de útil. Nas corridas o jogador consegue visualizar em detalhes a sua posição e a dos concorrentes, ajudando a, por exemplo, acertar o oponente que vem logo atrás com um casco verde.

Além disso, o mapa mostra também a localização exata das cascas de banana espalhadas pela pista ou mesmo dos cascos verde que ficam perambulando até acertar o primeiro infeliz que se deparar com eles. Em suma, se você conseguir prestar atenção em ambas as telas, terá menos chances de ser surpreendido pelo acaso - até mesmo os itens que estão de posse de cada competidor é exibido no mapa.

Portanto, ao mesmo tempo em que "Mario Kart DS" não limita a tela inferior como um simples mapa (como já visto no Super Nintendo, por exemplo), adicionando as funcionalidades acima citadas, também não tenta impor ao jogador o uso da tela sensível para controlar os karts propriamente ditos, um passo que seria arriscado e poderia não dar certo.




Mas, como já era de se esperar, o diferencial mais importante é mesmo o multiplayer, que sempre mereceu enorme valor na série. Para começar, até oito jogadores podem disputar corridas utilizando apenas um cartucho - porém, apenas quem está com o cartucho pode escolher o seu personagem, enquanto os demais têm que se contentar em correr como ShyGuy, que, no final das contas, é um corredor equilibrado.

Com a rede sem fio do Nintendo DS, por sua vez, é possível correr contra até quatro pessoas em qualquer lugar do planeta. No Japão, por exemplo, a Nintendo disponibilizou uma série de "hot spots" para que os jogadores se divirtam com "Mario Kart DS".

No Brasil, as alternativas para jogar online são as seguintes: possuir o adaptador USB da Nintendo, que permite conectar à rede sem fio utilizando um PC com banda larga, ter um roteador Wi-Fi doméstico compatível ou procurar um hotspot.

Online, enfrenta-se alguns problemas ligados à pouca praticidade da rede de amigos, à bateria que acaba mais rápido, dentre outros percalços menores. Porém, isto tudo é ínfimo se comparado à diversão proporcionada por jogar contra pessoas em outros lugares do mundo.




Longo, desafiador, belo... "Mario Kart DS" pode ser descrito com uma série de adjetivos. A série alcança seu auge no DS, aproveitando os recursos oferecidos pelo portátil na medida certa. Sabe aqueles jogos que se transformam em "símbolos" de uma plataforma? "Mario Kart DS" é um deles.



Fonte: Uol Jogos

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